Ente? Essência? Existência?
Quando pensamos
em metafísica estamos nos referindo ao estudo daquelas coisas que vão além do
físico, além desta nossa realidade costumeira para nos adentrarmos em conceitos
muito próprios da Filosofia. Dentre estes conceitos, está um ponto fundamental
que é o Ente, que significa tudo aquilo que encontramos e que possui
essencialmente o ser, e é a porta de entrada para o estudo da metafísica.
Podemos
classificar o ente em duas realidades: o ente necessário, que também podemos
defini-lo como Deus, e o ente contingente. Este depende de outros para existir,
pois além de receber o ser de outro, é finito, precário, frágil e limitado,
enquanto que aquele subsiste por si mesmo e a ele nada se acrescenta. Numa
averiguação ontológica podemos dizer que o ente não é o ser, mas sim, um limite
do ser. Portanto, a essência do ente não é o ser. A essência significa o
elemento formal estabelecido de uma coisa que, abarca em si àquilo que define a
espécie. No ente real a essência age pelo ser, enquanto ser, une a essência e
ajeitam-se num conjunto existencial, isso com a essência. Consequentemente
entre a essência e o ato do ser há real distinção, formando uma totalidade no
ente, tal qual fazem a forma e a matéria que acontecem internamente na
essência, por outro lado, no ser, esse evento se realiza no interno do ente.
Segundo muitos
estudiosos, a doutrina da distinção real entre essência e ato de ser, é mostrada
como ponto principal, entre essência e ato de ser, está pautada em que o ser não
possui forma, somente o ente. A forma então possui a qualidade do ser. Mas a
questão que tanto se discutia para a verdadeira formulação do ente é definida
por São Tomás, dizendo que o ser (existência), não é ato acidental da essência
ou que o ser é potência da essência, como Avicena definiu em sua pesquisa sobre
o ente. Para Tomás, a essência contém o ser, e que existe um ser infinito que é
em si, este ser em si (esse ipsum subsistens), dá sentido para o ser das
coisas, o ente necessário dá o sentido ao ente contingente, delimitando o ser
de cada ente contingente.
Podemos concluir que, cada ser atua na essência de modo limitado, sendo o ente um receptáculo do ser em si, assim é composto fundamentalmente por essência e existência, chamada de estrutura primaria de todos os entes finitos e que ente e essência não se tornam dividido entre a sua existência e a sua essência e o ato de ser do qual participa.
Julius, Lindomar e Rogê
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